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18 de jan. de 2010

A Carta: "Minha Querida"

Curvo-me ante o silêncio do mar e olho para o horizonte e entrego-me à linha do destino.
Mas a distancia existe. Eu, aqui! Você, aí! Talvez um dia nos seja favorável. Talvez?
Penso permanentemente nas suas palavras, dizendo que: " há demasiado sentir nas minhas linhas". É natural! Faço amor com as palavras. É por elas que expresso o meu desejo e o meu querer. Faço com toda a plenitude da minha livre vontade. Faço porque me sinto correspondido.
Não posso ansiar pelo seu abraço?  Ou por descansar no seu peito? Nem vale a pena dizer que não, porque não o consigo impedir. Sim, sei que as circunstâncias são distintas.
Mas sê-las-ão para sempre? E mesmo que assim aconteça quer isso dizer que não sentimos o que sentimos? Quer isso dizer que os momentos que temos não foram intensamente sentidos?
Ah! Há alturas em que somos apenas nós. Tudo o resto jorra da nossa origem!
Contudo, também há, realmente, a possibilidade de abrandar. Se lhe for necessário, jamais imporei a minha vontade. Mas as cores não voltarão a ser as mesmas nem nós voltaremos a ser iguais. É o antigo que chama por nós! E eu ouço esse canto.
Falou-me em lágrimas no chão. Recorda? Respondi que suas lágrimas haviam caído no meu coração, onde as tinha recebido e guardado por serem manifestações do seu amor. Recorda?
Pois, suas lágrimas já são um oceano em meu coração. E o tempo fará delas um universo. Porque eu vou ama-las e acarinha-las. Só assim criaremos o MULTIVERSO.
Curvo-me perante o silêncio do mar.Venho aqui à procura dos afagos do vento. É por eles que sinto os seus beijos. E peço-lhes, humildemente, que levem os meus até você...

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