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25 de jan. de 2010

Ao primeiro olhar

Ao primeiro olhar

Viver, sonhar, criar constantemente,
A cada sentimento, um novo encanto,
Até que o palpitar se volva em pranto,
No ardor de estar amando loucamente.

Sentir mais belo o mundo e, intensamente,
Sorrir. Quando a paixão surgir, um canto,
Que é pra poder provar o amor, que é tanto,
Ao ser que buscas ter eternamente.

Diz: "Dar-se ao coração, cego, e algum dia,
Tentando aproximar de quem se gosta,
Morrer num frio olhar, num vil desdém?” ·
Àquele que da infância distancia,
Mais forte que o desprezo da resposta,
É a dor de nunca ter amado alguém.

18 de jan. de 2010

Cantiga Para Não Morrer - Ferreira Gular

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

(Ferreira Gular)

A Carta: "Minha Querida"

Curvo-me ante o silêncio do mar e olho para o horizonte e entrego-me à linha do destino.
Mas a distancia existe. Eu, aqui! Você, aí! Talvez um dia nos seja favorável. Talvez?
Penso permanentemente nas suas palavras, dizendo que: " há demasiado sentir nas minhas linhas". É natural! Faço amor com as palavras. É por elas que expresso o meu desejo e o meu querer. Faço com toda a plenitude da minha livre vontade. Faço porque me sinto correspondido.
Não posso ansiar pelo seu abraço?  Ou por descansar no seu peito? Nem vale a pena dizer que não, porque não o consigo impedir. Sim, sei que as circunstâncias são distintas.
Mas sê-las-ão para sempre? E mesmo que assim aconteça quer isso dizer que não sentimos o que sentimos? Quer isso dizer que os momentos que temos não foram intensamente sentidos?
Ah! Há alturas em que somos apenas nós. Tudo o resto jorra da nossa origem!
Contudo, também há, realmente, a possibilidade de abrandar. Se lhe for necessário, jamais imporei a minha vontade. Mas as cores não voltarão a ser as mesmas nem nós voltaremos a ser iguais. É o antigo que chama por nós! E eu ouço esse canto.
Falou-me em lágrimas no chão. Recorda? Respondi que suas lágrimas haviam caído no meu coração, onde as tinha recebido e guardado por serem manifestações do seu amor. Recorda?
Pois, suas lágrimas já são um oceano em meu coração. E o tempo fará delas um universo. Porque eu vou ama-las e acarinha-las. Só assim criaremos o MULTIVERSO.
Curvo-me perante o silêncio do mar.Venho aqui à procura dos afagos do vento. É por eles que sinto os seus beijos. E peço-lhes, humildemente, que levem os meus até você...

Impassivel Diante do Dragão

(Neimar de barros tem espaço no meu Blog)

Há quanto tempo nos conhecemos?
Sei lá...
Eu vinha, você ia... Foi um encontro comum, casual.
Milhares já se encontraram assim,
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão,
sei lá...
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você,
E eu passava momentos, olhando para a frente,
Desligado, sem ver nada.
Engraçado! Olhava e não via!
Estava absorto, parado, consumido por mim:
Uma verdadeira estátua em introspecção!
Estava "Encucado"
"Encucado" com ausência que era presença.
E de repente, a interrogação indecisa foi evaporando,
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria,
Desde o sorriso até as lágrimas.
Você era o sim diante do altar,
Você era a mão certa na escada incerta
Você era o horizonte nítido... o agasalho...
Mas eu cometi um erro...
Não perguntei se eu também era tudo isso para você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o não
Não era sorriso, não era agasalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
E de repente, a exclamação veio em "Closed"
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E você não fazia nada.
Fiquei torcendo para você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruínas da sua imagem adorada,
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E torci para você me decepcionar.
Eu queria tanto sentir raiva de você,
ódio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão no qual me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria
Com o que sentia.
E numa noite não muito longe,
Resolvi selar a carta da despedida.
Fechei os olhos,
As lágrimas pingaram uma a uma,
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!!!!

Neimar de Barros.